Muita gente acha que o momento da revisão não tem grande importância: ou é perda de tempo – e pensam: poderia está avançando na matéria ou só serve mesmo para ficar olhando para o material mais uma vez.
Talvez esses são os estudantes que ainda não foram aprovados ou, se já foram, representam a grande minoria que conseguiu passar sem revisar.
Mas do outro lado, têm os estudantes, formados pela maioria dos aprovados em boas colocações e que defendem o poder da revisão.
Para eles, a revisão é a ferramenta que foi responsável pela virada de chave nos estudos e, consequentemente, a conquista por várias aprovações e nomeações – essa é a parte mais importante.
Agora se você está entre os estudantes que revisa, mas ainda se sente perdido nas formas de revisar ou que ainda não entendeu a forma correta de fazer a revisão, faça a leitura desse artigo e entenda de uma vez os tipos de revisão e a forma que você pode escolher para acelerar os seus estudos e fazer a pazes com essa ferramenta que é essencial.
Não é à toa que essa afirmação é tão defendida no mundo dos estudos: Sem revisão, não tem aprovação.
Sabendo do poder da revisão e uma forma de ajudar os estudantes a realizar o controle das revisões, começamos com a primeira dica: na plataforma do Estudei existe uma aba específica para controlar as suas revisões.
Abaixo você pode perceber que o Estudei pensou em tudo.
Além de programar as suas revisões, o Estudei controla o que está atrasado, o que foi ignorado e também as revisões que você concluiu.
A revisão é necessária e vamos trazer QUATRO métodos de revisão que poderão ser aplicados de acordo com o momento em que você se encontra no seu estudo.
Os 4 métodos de revisão
Durante o percurso de estudos, ter um método único de revisão para todas as matérias, pode funcionar para alguns, mas para grande parte dos estudantes, é necessário entender que determinadas disciplinas e o momento da matéria pode exigir métodos diferentes de revisão.
Assim a aplicação de um método de revisão único não se sustenta e muitos estudantes desistem dos horários determinados para as revisões.
Cada matéria apresenta um estágio distinto de aprendizado: estar iniciando uma disciplina, ter concluído outra, ou estar na metade de uma enquanto outra já foi finalizada.
A forma de revisar, portanto, precisa variar, adaptando-se tanto à dificuldade da disciplina quanto ao nível de avanço do estudante nela.
Percebendo tudo isso, separamos os métodos de revisão em quatro tipos.
Mas calma, você vai entender que dois desses métodos poderão ser aplicados enquanto a disciplina está sendo estudada, do início ao fim do conteúdo.
Os outros dois são aplicados após a conclusão da disciplina, visando manter o contato com o material e aprimorar o desempenho até o dia da prova.
Uma das grandes vantagens deste método é a sua flexibilidade. Esqueça a necessidade de registrar meticulosamente cada detalhe: “que dia revisei tal assunto?”, “quando será a próxima revisão de qual parte?”, “quanto tempo dediquei?”. Esse controle excessivo de datas e tempos, que muitas vezes mais atrapalha do que ajuda, é deixado de lado na maior parte do tempo.
Há apenas um tipo de revisão em que o registro de datas é útil, mas mesmo assim, a consulta é esporádica, a cada um ou dois meses, o que o torna bastante tranquilo. A ideia é justamente proporcionar mais conforto e menos burocracia, especialmente para quem, como muitos, não se adapta bem a ter que anotar cada passo ou detalhe do início do capítulo e afins.
Revisando antes de fechar a disciplina
- Revisão Rápida
Ao iniciar uma nova disciplina, como Direito Constitucional, é comum que as aulas sejam extensas, assim muitos estudantes não conseguem concluir o assunto em um único dia. A recomendação é que o estudo seja dividido em períodos, de uma a uma hora e meia por matéria, por exemplo.
No dia seguinte ao primeiro contato com a aula estudada e suas respectivas marcações, entra em cena a Revisão Rápida.
O processo é simples: você vai retomar ao material estudado no dia anterior, focando nas marcações ou em recursos como mapas mentais, resumos em tópicos, flash cards.
O objetivo não é aprofundar, mas sim reativar a memória para o conteúdo. Em cerca de dez minutos, você consegue retomar o “fio da meada” e seguir em frente com a leitura.
Após a conclusão da leitura completa da aula, o passo seguinte é a resolução de questões. Antes de avançar para a próxima aula, é altamente recomendável resolver de 20 a 30 questões relacionadas ao conteúdo recém-estudado. Essa prática serve para confirmar a compreensão dos pontos-chave, a absorção do material e o treinamento do formato de cobrança.
É importante ressaltar que, neste estágio inicial, a revisão não exige perfeccionismo. Não há necessidade de resolver todas as questões disponíveis ou buscar a compreensão de 100% do conteúdo.
Esta é a primeira revisão, e o aprendizado será consolidado em etapas posteriores. A Revisão Rápida é um contato inicial e estratégico.
À medida que o tempo passa e você avança nas aulas, acumulando algumas aulas estudadas, a metodologia de revisão evolui, dando espaço para o próximo tipo, que é a revisão cumulativa.
- Revisão Cumulativa
Nesse tipo de revisão, antes de iniciar a próxima aula, você já tem algumas aulas estudadas.
Para aplicar esse método de revisão, você deverá criar um critério: Escolha de quantas em quantas aulas estudadas você fará a revisão cumulativa.
Exemplo, para matérias mais tranquilas você pode escolher fazer revisão a cada quatro matérias estudadas. Já para uma matéria com nível de dificuldade maior, escolha revisão a cada duas ou três aulas concluídas.
A sugestão, e essa é de quem já passou por vários concursos e você consegue acompanhar várias dicas de estudo no Canal do YouTube: Laura Amorim, é que você não passe de quatro aulas, porque mais do que quatro aulas você começa a perder muito o contato com aquelas primeiras aulas estudadas inicialmente.
Então como funciona essa revisão cumulativa?
É como se fosse um mecanismo de retroalimentação progressiva. Antes de iniciar uma nova sequência de aulas (por exemplo, a aula 4, após ter estudado as aulas 0, 1, 2 e 3), você deve revisar o conteúdo já visto nas aulas anteriores.
A Revisão Cumulativa pode ser realizada de diversas formas:
- Leitura de marcações: Revise as partes grifadas do material.
- Resolução de questões: Crie cadernos de questões com temas variados das aulas, respondendo aleatoriamente para abordar diferentes tópicos.
- Mapas mentais e resumos: Utilize mapas mentais ou resumos próprios.
- Estudo da lei seca: ler os artigos de lei pertinentes ao conteúdo estudado reforça a memorização e a compreensão da legislação, principalmente, das palavras que as bancas costumam trocar e dos prazos.
A peculiaridade e a grande vantagem desse tipo de revisão é sua natureza progressiva e repetitiva. À medida que se avança nas matérias (por exemplo, a cada quatro aulas), a revisão não se restringe apenas ao último bloco estudado, mas se estende a todo o conteúdo já acumulado na disciplina.
Assim, antes de iniciar a aula 8 (após estudar as aulas 4, 5, 6 e 7), todo o material desde a aula 0 até a aula 7 está garantido que será revisado.
Você pode está pensando que revisar um volume crescente de aulas consumiria muito tempo. Por isso é importante ter um material de revisão conciso e assertivo, é possível revisar um grande volume de conteúdo em poucas horas (duas a três horas para oito aulas, por exemplo). Esse tempo pode ser distribuído em diferentes sessões de estudo.
Uma observação, se a sua área de estudo é para concursos públicos e até hoje você está “pulando” de material em material, clique neste link: @mapasdalulu para conhecer os mapas mentais que mais aprovam os estudantes para concurso público.
Por último, destacamos a importância dessa revisão não ser subestimada.
Ela atua na sedimentação do conhecimento, criando uma “linha do tempo” mental que permite ao cérebro organizar as informações de forma contextualizada. Sem essa visão do todo, o conteúdo pode parecer fragmentado.
Manter o contato constante com as aulas iniciais da disciplina é crucial para que o conhecimento não se perca. De nada adianta avançar rapidamente se o que foi estudado no início já foi esquecido, forçando o estudante a revisar tudo novamente.
Embora demande tempo, a Revisão Cumulativa é um investimento necessário para o aprendizado real e duradouro. O objetivo não é apenas “passar páginas” ou “assistir aulas”, mas sim garantir a absorção e a capacidade de recordar o conteúdo no dia da prova. Essa abordagem é fundamental para a eficácia do processo de estudo e para o sucesso a longo prazo.
O melhor, ao terminar o conteúdo, já imaginou quantas vezes você já vai ter revisado a matéria desde o início?
Revisando depois de fechar a disciplina
Fechou a disciplina. E agora?
É crucial manter contato contínuo com a disciplina, buscando aprimoramento constante. Não permita que o conteúdo escape da memória ao focar exclusivamente em novas matérias.
Uma vez que uma disciplina entra em seu ciclo de estudo, ela permanece ativa e em constante revisão.
- Revisão Tudão (ou Teórica Completa):
Essa é a revisão teórica por excelência.
Nela, o foco é o material de estudo — seus resumos, mapas mentais, anotações e apostilas. O objetivo é revisitar a disciplina do começo ao fim, reconstruindo o panorama geral do conteúdo. Ao fazer isso, cada informação se encaixa em seu devido lugar, proporcionando uma compreensão mais profunda e contextualizada da matéria.
Essa abordagem é crucial para fixar o aprendizado e facilitar a recuperação das informações na hora da prova, e, diferentemente de outros métodos, deixe a resolução de questões para quando terminar a revisão total.
Nesse tipo, é importante ter o controle das datas em que a revisão foi concluída. Após concluir uma disciplina, o ideal é realizar essa revisão a cada um ou dois meses, dependendo da complexidade do conteúdo.
A marcação da data ajuda a manter a periodicidade, mas sem rigidez: se sentir necessidade de revisar antes do prazo preestabelecido, faça!
Ser flexível no estudo com o objetivo de atender às suas necessidades reais de aprendizado, é o melhor caminho para tornar o processo mais leve e eficiente.
- Revisão Estratégica
Agora, chegamos ao último tipo de revisão, que pode ser usado para quando você tiver terminado a matéria.
É um tipo de revisão focada em questões, e ela é voltada, sim, para melhorar o seu desempenho. O objetivo é fazer você acertar cada vez mais questões. A ideia é fazer você sair daquele patamar que muita gente fica, média de 70% de acertos.
Como ela funciona?
Agora a preocupação não é mais a quantidade de questões ou a absorção inicial de conteúdo. Você já atingiu maturidade na disciplina, tendo concluído e realizado revisões mais abrangentes, como a “3. Revisão Tudão”. Agora, o foco se volta para o detalhe e o aprimoramento.
A abordagem consiste em montar um caderno de questões que contemple todos os tópicos da disciplina, conforme o edital. As questões devem ser resolvidas em ordem aleatória, simulando a dinâmica de uma prova. Selecione, em média, 30 questões por sessão de estudo da matéria que está sendo estudada.
Essa prática aleatória permite que você identifique pontos fracos específicos em diversos assuntos. Essa atitude de aprofundamento no erro é crucial para o avanço, assim permite saber os assuntos que estão bem consolidados e quais necessitam de mais atenção.
A sugestão é que após a conclusão de uma disciplina, o ideal é intercalar a 3. Revisão Tudão/Teórica Completa com a 4. Revisão Estratégica.
Nossa expectativa é que o seu olhar para as revisões seja outro após esse artigo. Pode perguntar para os aprovados em grandes provas o que mudou quando eles levaram a sério a revisão.
E deixa aqui nos comentários a sua dúvida ou o que você percebeu de melhora após aplicar algum desses tipos de revisão.