O estudo de Exatas NÃO precisa ser o seu pesadelo.

Não sei se essa cena te parece familiar:

O edital da sua prova foi publicado 👀.

Você começa a folhear aquelas longas páginas de regras e informações…

Alguns estudantes já vão direto ao ponto: data da prova, número de vagas e o conteúdo programático.

A passada de olho no edital vai acontecendo, até que…

Uma grande novidade ou apenas o seu maior pesadelo nos estudos: Matemática, Raciocínio Lógico, Física, Química…

A vontade de desistir já começa a martelar no seu pensamento.

É a hora que muitos vão desistir, mas pode ser a hora que você precisa encarar esse obstáculo e aprender a fazer diferente. 

Ou melhor, aprender a pontuar, nem que seja o mínimo, nessas disciplinas.

E é disso que vamos falar nesse artigo, o estudo das disciplinas exatas pode ser mais tranquilo do que você imagina. 

Antes de começar, vale alertar, e considerarmos como a primeira dica:

O Erro do estudo passivo

Começar a estudar qualquer disciplina, de forma passiva, é um grande erro, mas quando falamos em estudar de forma passiva as disciplinas exatas, é um erro maior ainda. Principalmente se você apresenta um nível de dificuldade maior em aprender essas matérias.

Estudar de forma passiva é como assistir a um filme sem prestar atenção — você até vê as imagens, mas não absorve a história. 

O cérebro, para consolidar o aprendizado, precisa de esforço ativo: fazer perguntas, resumir, explicar com suas próprias palavras e praticar o que aprendeu. 

Sem esse engajamento, as informações são facilmente esquecidas.

Por isso que quando falamos de disciplinas exatas – e outras disciplinas também:

A forma que você estuda deve ser ativa, tem que colocar a “mão na massa”.

Vamos combinar assim?

Professor resolveu uma questão,  ótimo! 

Pause, volte no enunciado, pegue uma folha em branco, e sem ver a resolução do professor, tente fazer sozinho o passo a passo do início ao fim. 

Listamos alguns benefícios que você vai ter ao pausar, por um tempo, e tentar resolver sozinho as questões.

  1. Identifique suas dificuldades: descubra exatamente em que parte da matéria ou da questão você está travando.
  2. Domine o tipo de questão: aprenda a interpretar bem o enunciado e resolver qualquer variação daquele mesmo assunto.
  3. Estude o estilo da banca: entenda como as bancas cobram aquele conteúdo e quais são as pegadinhas mais comuns.

Lembre-se: no estudo de exatas, não basta só assistir à resolução do professor. Você precisa tentar resolver por conta própria, pensar nos passos, errar, corrigir e repetir até entender de verdade. É assim que você consolida o raciocínio e constrói segurança.

⚠️Atenção

Para todas as próximas dicas, tenha sempre isso em mente: nada de estudo passivo, nada de ler o livro, ler o PDF, concordar e seguir em frente. 

Construir o seu estudo, tijolinho por tijolinho…

também chamado de Blocos Mentais.

Esse conceito está no livro “Aprendendo a Aprender”, da Barbara Oakley, à medida que você estuda, especialmente disciplinas exatas, alguns conceitos difíceis vão se tornando mais claros. 

Seu cérebro organiza esses aprendizados em “blocos mentais”, que facilitam a aplicação do conhecimento em novas questões.

Explicando de um jeito simples: quando você aprendeu a fazer divisões na escola, no começo teve que entender todo o processo: divisor, quociente, como montar a conta. Com o tempo, isso ficou automático — seu cérebro criou um “bloco mental” com esse conhecimento. Mais tarde, ao estudar equações, quando precisava dividir algum número, você nem pensava mais muito: só ativava esse bloco mental da divisão e usava para resolver o problema.

Em disciplinas exatas, muitos conteúdos que no início são um assunto à parte, com o tempo se tornam ferramentas que você usará para resolver problemas mais complexos. Para isso acontecer, é essencial construir “blocos mentais”. Esses blocos não servem só para operações básicas, mas para qualquer conceito — como MMC, regra de três, equações, etc. Em um momento, você estuda o conteúdo; em outro, usa esse conteúdo como ferramenta. É um processo de construção, tijolinho por tijolinho.

Mas como construir esses blocos mentais? A ideia, baseada na autora Barbara Oakley, é focar nos problemas-chave — questões que representam os modelos mais comuns de cobrança daquele conteúdo. Primeiro, você estuda a aula e identifica, entre as várias questões disponíveis, os 2 ou 3 tipos que mais se repetem. Esses serão seus problemas-chave.

Depois:

  1. Copie essas questões para um documento (pode ser no Word).
  2. Estude a resolução com atenção, inicialmente com a ajuda do professor.
  3. Refaça sozinho, em folha separada, pensando em cada passo: por que multiplicou aqui, dividiu ali?
  4. Volte a resolvê-las dias depois, sem olhar a resposta, para reforçar o raciocínio e identificar onde há falhas.
  5. Monte um caderno só com essas questões-chave, por assunto, e revise regularmente tentando resolver sem colar.

Com isso, você constrói uma verdadeira biblioteca mental de ferramentas — os blocos mentais — que facilitam muito na hora de resolver novas questões.

Parece fácil na teoria, mas a gente sabe da grande dificuldade. 

Pode respirar com calma que o nome do problema é: transferência de habilidade.

Mesmo depois de entender os conteúdos de exatas, muita gente trava na hora da prova. Por quê? Por causa de um problema chamado transferência de habilidade — que é justamente conseguir identificar qual ferramenta usar em cada questão. Na aula você até vai bem, porque todas as questões são sobre o mesmo assunto. Mas na prova, com tudo misturado, você trava porque não sabe por onde começar.

A solução? Treinar como você será cobrado. Se a prova vem embaralhada, com questões de vários assuntos diferentes, seu treino também precisa ser assim. Um estudo mostrou que crianças que resolveram as mesmas questões em ordem aleatória (sem saber de antemão o tema) tiveram o dobro de acertos em comparação às que resolveram por blocos de assunto.

Ou seja, em vez de estudar sempre segmentado, fazendo só questões de um tema por vez, misture os assuntos nas suas listas de treino. Isso vai te ajudar a praticar a habilidade de escolher a ferramenta certa em cada situação — que é exatamente o que acontece no dia da prova.

Continuando…

Não use calculadora!

E tem mais uma dica importante, especialmente para o dia da prova: não use calculadora nos estudos! 

Pode parecer que você vai perder tempo resolvendo contas à mão nos seus estudos anteriores à prova, mas, na verdade, você está ganhando agilidade para a hora da prova — quando não poderá usar a calculadora.

Se você só estuda com a calculadora, corre o risco de chegar no dia da prova sem prática em fazer contas básicas, e aí perde muito tempo em coisas simples como multiplicar ou dividir com vírgula. E o tempo da prova é precioso! Para ser rápido e preciso, só tem um jeito: praticar sem calculadora todos os dias.

Agora, depois de ler todas as dicas e respirar fundo. 

Acredite, você é capaz de aprender a estudar exatas

O nosso pensamento tem um reflexo gigantesco nos nossos resultados, e isso também reflete no desempenho dos estudos. A partir de hoje, antes de começar a estudar, não encare o estudo como um grande peso e dificuldade. 

Encare como algo que mesmo sendo difícil, você sair do nível de: “não quero estudar essa matéria hoje, vou colocar outra coisa no lugar”, para: “preciso estudar essa matéria porque será o diferencial no meu resultado”.

Antes de começar a estudar, reflita por alguns minutos essa frase:

Eu vou conseguir passar por mais esse desafio do estudo e alcançar a minha aprovação.

🧠📒

Vamos recapitular os pontos principais para você aplicar já nos seus estudos de exatas e melhorar seus resultados:

  1. Estudo de exatas precisa ser ativo: não adianta só assistir aula ou ver a resolução — você precisa colocar a mão na massa.
  2. Monte um caderno de questões-chave: para cada assunto, separe os tipos de questões mais cobrados, com fórmulas e passo a passo anotados.
  3. Registre as pegadinhas mais comuns: muitas bancas repetem os mesmos truques. Saber disso evita que você caia neles.
  4. Misture os assuntos nos treinos: nada de estudar só um tema por vez. Em vez disso, crie listas com vários assuntos combinados para treinar a escolha da ferramenta certa.

Exemplo: monte uma lista com questões de estruturas lógicas, análise combinatória, conjuntos, probabilidade, problemas aritméticos, geométricos e matriciais — tudo junto.

Vai ser sucesso! 🚀

Esperamos que essas dicas e informações sejam relevantes para o seu estudo. Aproveita e compartilha com os estudantes.

Chegamos ao fim de mais um artigo. Ficou com alguma dúvida? Deixe seu comentário abaixo.

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